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Postado em 02/10/2020 por Redação Rádio Princesa FM
Opresidente Jair Bolsonaro é considerado mito porque ele é inigualável. Formalmente qualquer sujeito ávido pelo poder pode se apresentar como sendo de direita e contrário aos atos e costumes da esquerda ou mesmo da chamada velha política. Substantivamente, no entanto, a coisa muda de figura e as práticas adotadas destoam de tudo que o capitão prega, vive e cobra de seus aliados: conduta retilínea e distanciamento de elementos de caráter torpe e claudicante.
Dentre os 141 municípios de Mato Grosso, a pequena e próspera Brasnorte, no alto do Chapadão do Parecis, fornece um péssimo exemplo de arranjo político, articulado por um empresário que se diz fiel bolsonarista, capaz de deixar o mito indignado com o uso indevido de seu nome.
Obcecado pelo sonho de virar prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari buscou guarida no DEM de Rodrigo Maia, o sabotador de Guedes, e de Alcolumbre, o cafajeste da República. Isso é o de menos. Nas paróquias os arranjos políticos seguem sua própria lógica. O que causou espanto e deixou as cabeças lúcidas da cidade indignadas foi a associação de Ferrari com ex-prefeitos da velha guarda, que chafurdaram a administração pública municipal, prejudicaram muita gente e comprometeram o desenvolvimento da cidade.
Bem pior que isso, o bolsonarista flexível – ou seria direita melancia? – chamou para sua base de apoio pessoas que já foram presas pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Sem Saída, por suspeita de formação de quadrilha, associação para o narcotráfico, lavagem de dinheiro, entre outros ilícitos, sendo que ao menos uma dessas figuras usa um acessório eletrônico no tornozelo.
Edésio Adorno
Edelo não precisava disso e o povo de Brasnorte não esperava isso dele. Bolsonaro jamais referendaria uma coligação partidária com personagens supostamente envolvidos em lambanças dessa dimensão.
Se para chegar ao poder acordos questionáveis sob a perspectiva da ética são permitidos, imagina para governar o que Ferrari não faria para acomodar seus aliados de conivência. E nem diga que não haverá divisão do bolo.
Os irmãos que controlam o MDB e o DEM são gananciosos e destemidos, jamais vão deixar de cobrar seu quinhão numa eventual gestão Ferrari.
Certa vez, a atrevida presidente impichada Dilma Rousseff, bem ao seu estilo arrogante, desafiou as forças de oposição ao desastrado governo petista: “Nós fazemos o diabo para ganhar a eleição”. No mesmo estilo, Lula emendou: “eles não sabem o que nós somos capazes de fazer para ganhar a eleição”.
De fato, Lula e Dilma não apenas fizeram o diabo para se manter no poder, como fizeram coisas que até o capeta duvidaria e que somente ficamos sabendo tempos depois, graças as investigações da Lava Jato. Edelo Ferraria, embora se diz bolsonarista e adepto da nova política, também já fez ou está fazendo o diabo para virar prefeito de Brasnorte, tomara que não seja capaz de fazer coisas que a população não saiba, conforme avisou Lula.
Usar as mãos para aplaudir Bolsonaro e os braços para abraçar velhos e nauseabundos caciques da política é apenas jogo de cena. O capitão fez diferente. Enfrentou o stablishment político, não fez acordo com mafiosos e não se curvou para os carteis da grande imprensa. Venceu por mérito, foi consagrado nas urnas por mais de 57 milhões de brasileiros cansados da corrupção e dos conchavos de bastidores. A Pátria se livrou da velha política e sepultou a corrupção. Infelizmente, Edelo Ferrari preferiu seguir o caminho mais fácil. Se tornou bolsonarista flexível e vendeu a alma para o capeta.