Ouça agora

Ouça agora

Defensor público é preso por festa com 60 pessoas e presença de álcool e maconha

Postado em 26/04/2021 por

Compartilhe agora.

O defensor público Leandro Jesus Pizarro Torrano, de 34 anos, foi preso e levado algemado para delegacia em Sinop (478,9 km de Cuiabá), nesta madrugada de domingo (25), em torno da 00h. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela polícia, ele estaria promovendo uma festa em sua casa com cerca de 60 pessoas, todas sem máscara. Havia grande quantidade de bebidas alcóolicas e um dos convidados estaria com uma substância análoga a maconha.

Defensor público Leandro Jesus Pizarro Torrano foi detido pelos policiais por causa da festa

No local, a polícia apreendeu uma arma também com registro vencido desde 2016 em nome do defensor, que momentos antes de ser abordado pela polícia foi flagrado tentando fazer outra pessoa assumir ser proprietária da casa e responsável realização do evento. A polícia adentrou no local após comprovar a denúncia de perturbação do silêncio.

Em revista, além de encontrar a pistola 380 marca Gloc e dez munições na residência, também encontrou substância análoga a maconha, dichavador e papel de seda na bolsa de uma convidada Isabella Castro Reis, 23 anos, também autuou a convidada Gabriela Beth Invitti, de 27 anos, por desacato e por tumutuar a ocorrência. Todos os envolvidos mencionados, segundo consta no boletim de ocorrência, estavam em nítido estado de embriaguez. Junto aos objetos também foram encontradas documentações que demonstraram que a residência era do defensor público.

As 60 pessoas, todas sem máscaras, foram dispersadas. Um advogado do defensor público acompanhou o grupo junto à polícia até a delegacia para prestar esclarecimentos.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o defensor Leandro, que alegou não ter sido preso, apenas levado para prestar esclarecimentos. Para ele, existem várias questões no boletim de ocorrência que estão em desacordo com a realidade. Ele descreve que promoveu uma festa para poucas pessoas, mas que este núcleo convidou mais algumas, que totalizou cerca de 33 pessoas no local e não 60, conforme consta no boletim.

O defensor ainda afirma que apesar da arma estar com o registro vencido, isso não é crime, e só foi autuado pela perturbação do sossego. As outras informações do boletim foram cometidas pelas pessoas que estavam no local ao mencionar a substância análoga a maconha, na bolsa de uma das convidadas. “Peço ajuda a imprensa para que ouçam meu lado. Isso pode acabar com a minha carreira, uma carreira idônea, e que o que ocorreu ontem nada tem ligação com quem sou profissionalmente. Isso, é uma questão pessoal do Leandro, não do profissional”, alega.

Ele ainda alega que a polícia revirou sua casa, e que Cézar Augusto Silva de Abreu, de 29 anos, a pessoa que assumiu que a casa era sua no primeiro momento, também reside no local. No entanto, no boletim consta que Leandro teria negado ser proprietário da casa. Ele ainda diz que em seguida do depoimento prestado foi liberado pelo delegado, não ter histórico com drogas, e não houve tentativa de omissão ou falsidade no momento da abordagem. “Não sei porque a polícia está fazendo isso comigo”, pontua.

O defensor diz que não pode afirmar uma perseguição, apesar de considerar isso. O espaço segue aberto para outros esclarecimentos.

Deixe um comentario

Estamos felizes por você ter optado por deixar um comentário. Lembre-se de que os comentários são moderados de acordo com nossa política de comentários.

três + nove =