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Empresa alerta governo e prefeituras para risco de falta de oxigênio em 28 municípios de MT

Postado em 22/03/2021 por

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Com o aumento de casos e internações de pacientes com Covid-19 em Mato Grosso, a empresa que faz o abastecimento de oxigênio em 28 cidades, incluindo Sinop, Lucas do Rio Verde e Água Boa, informou as secretarias de saúde e o governo do estado sobre o risco de desabastecimento nas unidades de saúde.

A Secretaria de Saúde do estado diz que o consumo de oxigênio aumentou 250% maior que a média normal, mas que na rede estadual o consumo está garantido.

Conforme a notificação extrajudicial, os caminhões de oxigênio da empresa realizam o abastecimento em Cubatão (SP) e leva até Sinop. De lá o produto é distribuído para os hospitais da região.

A fornecedora teve que mudar a logística de abastecimento e a carga sai de Santa Cruz, no interior do Rio de Janeiro.

Com a mudança, os caminhões chegaram no Rio de Janeiro no dia 20 de março e o abastecimento não aconteceu no final de semana e a previsão é que seja feito nesta segunda-feira (22). A previsão de chegada em Sinop é na quinta-feira (25).

O documento que notifica as 28 cidades aponta o aumento da demanda que passou 2 mil metros cúbicos por dia para 10 mil metros cúbicos.

A advogada da empresa, Dulcineide Aparecida Barbosa, disse que a empresa não comporta essa alta na demanda, mas que no caso de Sinop outras empresas também abastecem a cidade.

“Nós notificamos as prefeituras para que as autoridades façam a administração da situação e providenciem as medidas necessárias à garantir o abastecimento do oxigênio necessário a demanda nos dias 22, 23 e 24 considerando que a previsão de chegada pela aquisição da empresa é no dia 25”, explicou .

Os municípios afetados são: Colniza, Aripuanã, Nova Bandeirantes, Juruena, Castanheira, Nova Monte Verde, Apiacás, Paranaíta, Carlinda, Nova Guarita, Nova Canaã do Norte, Colíder, Itaúba, Juara, Brasnorte, Tapurah, Lucas do Rio Verde, Vera, Sinop, Cláudia, Marcelândia, Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã do Norte, Diamantino, Nova Mutum e Água Boa.

A secretaria de Saúde informou em nota que entre as medidas adotadas estão os aditivos contratuais, aumento de reservatório e diálogo com os fornecedores sobre a logística. Disse ainda que já informou ao Ministério da Saúde, que coordena a logística de fornecimento de oxigênio no país, para ajudar a restabelecer as condições e garantir o abastecimento nestas cidades.

Segundo os dois distribuidores, se for resolvida a logística do local de embarque, o problema estará solucionado.

“A falta ou os baixos níveis de estoque de medicamentos para UTI é uma realidade em todo o país. A Secretaria de Estado de Saúde já realizou compra antecipada destes medicamentos em 2020 e não existe, até o momento, risco de desabastecimento para as UTIs sob sua responsabilidade”, diz trecho da nota.

O governo também monitora as UTIs privadas e dos hospitais municipais para ajudar a evitar o desabastecimento. O Ministério da Saúde também é quem coordena, neste momento, todas as ações para tentar garantir o fornecimento desses medicamentos no país.

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