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Empresária é considerada foragida e tem prisão decretada por morte de irmãos

Postado em 08/10/2020 por

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Aempresária Mônica Marchett teve a prisão decretada pelo juiz Wagner Plaza Machado Junior, da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis. Ela é acusada ser uma das mandantes dos assassinatos dos irmãos Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo, em 1999 e 2000. É considerada foragida.

A empresária Mônica Marchett teve a prisão decretada e é considerada foragida da polícia

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou Mônica e ela não foi localizada para receber a citação judicial. Ela sequer constituiu advogado no processo. Por isso, o MPE pediu a prisão, que foi decretada pelo magistrado em decisão de quarta (8).

Machado Junior entendeu que a empresária “encontra-se em lugar incerto, uma vez que a citação pessoal da ré restou infrutífera e devidamente citada por edital, não compareceu em juízo para apresentar a sua resposta à acusação, em face da fuga do distrito da culpa, retardando e tornando incerta a sua criminalização, revelando com essa atitude sua intenção de frustrar a instrução criminal e fugir à aplicação da lei penal”.

“É público e notório que a acusada Mônica está foragida desta cidade há muitos anos, inclusive na ação penal anterior fora declarada não só sua revelia, como também reconhecida como foragida”, registrou.

O magistrado avaliou que seria necessário prendê-la para assegurar a aplicação da lei penal, já que ela está em lugar incerto e não sabido. A medida, considera extrema, tem como finalidade impedir a impunidade, “em prejuízo da sociedade e de seu próprio direito-dever”.

“É incompreensível que aqueles que, sabidamente sabem das ações penais, fujam, frustem à lei, façam pouco caso do Poder Judiciário, mas vivam tranquilamente”

Juiz Wagner Plaza Machado Junior

“No caso concreto, somente a prisão da ré permitirá a continuidade do feito, posto que inclusive os advogados constituídos na outra ação penal, que seguramente sabem desta, mantiveram-se inertes, justamente porque a revelia e “sumiço” favorece à ré. Nos ditos de  Eliane Cantanhêde, famosa repórter de política, em menção e crítica à soltura da “esposa do Queiroz”, “no Brasil ser foragido compensa””, anotou.

Ele disse concordar com a “indignação” da jornalista citada e opinou que pessoas foragidas devem responder à lei “com seus rigores, não com benesses”. Citou que o crime é de repercussão nacional, com entrevistas em mídias nacionais e protestos dos familiares das vítimas.

“É incompreensível que aqueles que, sabidamente sabem das ações penais, fujam, frustem à lei, façam pouco caso do Poder Judiciário, mas vivam tranquilamente”, disse.

Brandão Araújo Filho foi morto em 10 de agosto de 1999. Ele foi surpreendido pelo pistoleiro Hércules Araújo Agostinho, conhecido como cabo Hércules, e executado a tiros de pistola. O segundo crime aconteceu em 28 de dezembro de 2000. José Carlos foi executado, também a tiros de pistola 9 mm, no estacionamento da agência central do Banco Bradesco, também no centro da cidade. Em ambos os casos Célio Alves ajudou o pistoleiro Hércules Agostinho, de acordo com o MPE.

As investigações apontaram que a motivação teria sido uma disputa judicial por terras na região conhecida como “Mineirinho”, a 70 km de Rondonópolis. Uma área de 2,1 mil hectares tinha sido negociada em 1988 entre José Carlos e o pai de mônica, Sérgio Marchett, também acusado pelo crime. O negócio teria dado errado e a família teria procurado os pistoleiros para assassinar os desafetos.

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