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Justiça rastreia R$ 2,5 mi desviados da AL para comprar vaga no Tribunal de Contas

Postado em 16/07/2021 por

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A5ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso, com parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF), atendeu solicitação do ex-presidente da Assembleia José Riva e quebrou os sigilos bancários do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Alencar Soares, do engenheiro Acidemando de Moraes Carvalho e a  Agropecuária Matrinchã Ltda. Com isso, pretende rastrear o destino de aproximadamente R$ 2,5 milhões que foram desviados da Assembleia para compra da vaga que foi ocupada pelo ex-deputado estadual Sérgio Ricardo, hoje afastado do cargo por determinação judicial.

  Em petição  à 5ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso, a defesa de Riva  identificou  o destino de quase R$ 2,5 milhões desviados da Assembleia para a  contas de  Acidemando de Moraes Carvalho e a  Agropecuária Matrinchã. Ambos são ligados a Alencar Soares.  

Na mesma petição, Riva solicitou  que a Justiça Federal quebrasse  o  sigilo bancário de Alencar Soares para chegar aos seus  parceiros na venda da vaga no TCE. Segundo o ex-presidente da Assembleia, a cadeira do conselheiro afastado Sérgio Ricardo custou R$ 15 milhões. Outros R$ 4 milhões usados na transação foram identificados na delação premiada  do empresário Júnior Mendonça enquanto o restante do valor ainda está sendo rastreado.

Negociação da vaga

Em depoimento à Justiça Federal, José Riva  afirmou  que a compra da vaga no TCE ocupada por  Sérgio Ricardo custou R$ 15 milhões. Além disso, declarou que a negociação    teve o aval do ex-governador e ex-ministro da Agricultura  Blairo Maggi (PP).

José Riva detalhou a negociação quando passou   à condição de colaborador unilateral da ação penal, com manifestação favorável do Ministério Público Federal (MPF) em março de 2019.

Segundo José Riva,  o acordo para comprar a vaga do ex-conselheiro Alencar Soares  para o para  Sérgio Ricardo foi definido na eleição da Mesa Diretora da Assembleia em  2009. De acordo com o depoimento,  o  primeiro repasse de Sérgio Ricardo para Alencar Soares,  no valor de R$ 2,5 milhões, que teriam sido desviados do Legislativo,  teve o  ex-secretário da Assembleia, Luiz Márcio Bastos Pommot, como testemunha.

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