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No regime semiaberto e com tornozeleira, Silval diz que "e;crime não compensa

Postado em 22/05/2019 por

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Condenado a 13 anos de prisão e cumprindo pena em regime domiciliar diferenciado desde que firmou acordo de colaboração premiada (delação), em maio de 2017, o ex-governador Silval Barbosa começou a cumprir pena em regime semiaberto nesta terça (21), após passar por audiência admonitória conduzida pelo juiz Geraldo Fidelis, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá.

O político chegou no Fórum da Capital no início da tarde acompanhado do advogado Valber Melo. Na saída, falou com a imprensa e garantiu que "e;o crime não compensa"e;. A declaração foi em resposta as críticas de que está em liberdade, mesmo após confessar a prática de diversos delitos enquanto esteve no comando do Palácio Paiaguás.

Na audiência, Silval foi informado de que terá que continuar a usar tornozeleira eletrônica. Além disso, diariamente, terá que trabalhar durante o dia e, a partir das 22h, estar em casa, na Capital.

Continuo de tornozeleira. Não estou em situação confortável. Estou cumprindo minha pena. Me arrependo profundamente

Silval Barbosa

“Continuo de tornozeleira. Não estou em situação confortável. Estou cumprindo minha pena. Me arrependo profundamente. Agora quero procurar recomeçar minha vida, do zero, pagando minha pena e colaborando para passar o Estado a limpo"e;, declarou Silval que antes da audiência foi chamado de "e;governador ladrão"e; por pessoas que viram sua chegada à sala de audiência.

"e;Me arrependo de fazer o que fiz em nome de um grupo político”, declarou Silval ressaltando que exerceu cinco mandatos como prefeito de Matupá, deputado estadual, vice-governador e governador.

O ex-governador também revelou que aguarda autorização da Justiça para trabalhar nas empresas da família e pretende morar em Cuiabá. Além disso, defende a colaboração premiada dizendo que ajudou o Estado a recuperar recursos.

“A imprensa coloca que o Silval Barbosa roubou R$ 1 bilhão, não! Eu relatei atos ilícitos de empresas que foram concedidos incentivos, desapropriações, para onde foi o dinheiro e quem foram os beneficiados. O que estou devolvendo é infinitamente maior do que aquilo que me apropriei. Tanto que estou pagando com bens de família adquiridos há mais de 25 anos para poder honrar com o que a Justiça elencou. Quem tem que devolver e já estão devolvendo essa diferença são as empresas. O Estado já recuperou mais de R$ 2,5 bilhões em cima do que relatei”, concluiu.

Prisão e progressão

O político foi preso inicialmente em 17 de setembro de 2015, após deflagração da 2ª fase da Operação Sodoma, do Ministério Público Estadual (MPE). Ele ficou no Centro de Custódia da Capital (CCC) até 13 de junho de 2017. À época, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou acordo de colaboração premiada fechado por Silval com a Procuradoria Geral da República (PGR) cerca de um mês antes da saída dele da unidade prisional.

Silval ficou em prisão domiciliar em um apartamento no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá, até dezembro de 2018, quando a Justiça autorizou o cumprimento da pena em uma fazenda em Matupá (681 km da Capital).

Na semana passada, o juiz Geraldo Fidelis, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, autorizou a progressão de regime para o semiaberto, levando em consideração os termos do acordo homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que estipulou o prazo de três anos e seis meses de prisão domiciliar – podendo ser reduzido um ano e oito meses, período em que o político ficou preso preventivamente no CCC.

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