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Postado em 24/02/2021 por Redação Rádio Princesa FM
Homem de confiança do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), o ex-secretário de Estado de Educação Permínio Pinto entregou um suposto esquema de caixa 2 na campanha à reeleição do tucano à Prefeitura de Cuiabá, em 2008. O arranjo envolveria cerca de 20 empresas que possuíam contratos com o município e teria sido concretizado utilizando empréstimos com o Banco Industrial e Comercial S.A. (BicBanco).
Entre os documentos entregues por Permínio como prova do esquema consta planilha com pagamento de despesas não contabilizadas e após o período eleitoral, citando valores de R$ 10 mil a R$ 1,4 milhão. A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017 e o inquérito foi aberto em 2019. O Ministério Público Eleitoral pediu mais 90 dias para se manifestar após o prazo ter esgotado em janeiro deste ano.
O teve acesso com exclusividade a trecho da delação de Permínio que, à época, abriu mão da candidatura à reeleição como vereador por Cuiabá para assumir a coordenação financeira da campanha de Wilson “em razão do compromisso político partidário que sempre manteve com o PSDB”.
Ele explica que o dinheiro para a campanha era separado em três partes: receitas oficiais de campanha, receitas não contabilizadas e receitas após o término das eleições (restos a pagar).
De acordo com Permínio, o caixa 2 foi feito a pedido do próprio Wilson, que orientou a arrecadar o dinheiro junto às empresas que prestavam serviços à Prefeitura de Cuiabá. Após as eleições, as empresas teriam feito empréstimos junto ao BicBanco que, por sua vez, teria recebido aval da Prefeitura de Cuiabá informando créditos que as empresas tinham a receber do município.
Para quitar os empréstimos, as empresas receberiam valores da prefeitura em forma de pagamentos aos seus contratos em vigência, segundo o delator.
Outro lado
Por meio de nota, o “deputado estadual Wilson Santos (PSDB) informa que pauta sua carreira política pela lisura, transparência e legalidade dos seus atos, declarando todas as despesas de campanha oficialmente à Justiça Eleitoral”.
“A maior prova disso é que jamais houve qualquer denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral por despesas irregulares”, afirma.
Wilson defende que todas as contas de campanha foram devidamente aprovadas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), “sem qualquer ressalva”.