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Postado em 15/02/2021 por Redação Rádio Princesa FM
Cerca de 500 kg de cocaína foram apreendidos dentro de um avião, no Aeroporto Internacional de Salvador, na última terça (9). A apreensão foi feita pela Polícia Federal (PF), que informou que a droga estava escondida em uma aeronave de uma empresa privada, cujo o sócio é o advogado Rowles Magalhães Pereira da Silva, que ficou conhecido em Mato Grosso após ser pivô de denúncia sobre o pagamento de propina nas obras do VLT.
O voo tinha como destino à Europa. Segundo o advogado de defesa de Rowles, Ricardo Monteiro, ele adquiriu a empresa com outro sócio, mas que ainda não detêm o direito e sim o contrato de intenção. No dia da apreensão, cinco pessoas foram conduzidas para a Polícia Federal, ouvidas e liberadas. A PF investiga o caso.
A polícia foi chamada depois que funcionários da empresa de táxi aéreo desconfiaram do carregamento que estava no avião. A droga foi encontrada por cães farejadores da Coordenação de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil. De acordo com a SSP-BA, o material foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal, junto aos tripulantes que foram prestar depoimento. No total foram 578 kg.
Reprodução
Droga apreendida no aeroporto de Salvador
A reportagem tentou contato a PF de Salvador, mas não obteve retorno. Já a defesa de Rowles explica que ele adquiriu uma empresa de Portugal, mas ainda está com contrato de intensões, pois falta aprovação do financiamento de um banco português para a liberação do dinheiro. A transferência da empresa de forma definitiva somente ocorrerá mediante o pagamento total.
Monteiro destaca que o avião saiu de São Paulo e iria para Portugal, contudo, devido a um problema mecânico, teve que fazer um pouso em Salvador. O jurista ressalta que a situação não interfere na transação da compra definitiva da empresa.
As investigações prosseguem para identificação dos responsáveis pela carga ilícita, que poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, previstos nos artigos 33 e 35 da Lei 11.343/2006, cujas penas, somadas, podem chegar a 25 anos de reclusão.
Delatado
Rowles, que foi assessor do ex-vice-governador Chico Daltro, ficou conhecido depois de denunciar esquema de pagamento de propina do VLT. Em 2019, chegou a ter os bens bloqueados após cer citado em delação do ex-governador Silval Barbosa.
Nela, Silval conta que deu R$ 1 milhão para o “lobista” para não ser importunado sobre procedimentos referentes ao VLT. Esse é um dos casos que fazem parte da Operação Descarrilho.