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Recebido com protesto, Weintraub culpa má gestão de reitora por crise na UFMT

Postado em 06/09/2019 por

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A pós ser recebido com protesto da comunidade acadêmica no Aeroporto Marechal Rondon, o ministro da Educação Abraham Weintraub classificou as medidas emergências anunciadas pela UFMT como “má gestão” da reitora Myriam Serra. Para economizar até R$ 3,5 milhões para a manutenção das atividades da universidade – ensino, pesquisa e extensão – a instituição suspendeu as atividades do Restaurante Universitário (RU) e vai racionar  a energia elétrica, readequar os contratos de terceirizados e diminuir a oferta de ônibus para aulas de campo.

“A gente vai começar a descontigenciar em setembro, agora neste mês os recursos vão fluir. Não houve nenhuma universidade fechada e o único caso de ficar sem luz por 6 horas foi aqui, e nós do MEC que tivemos que ligar para a companhia de energia elétrica restabelecer”, lembrou Abraham Weintraub após anunciar a liberação de R$ 13 milhões do MEC para investimentos em creches, ônibus escolares, mobiliário e climatização em Cuiabá, Várzea Grande e Lucas do Rio Verde, durante evento realizado no Centro de Eventos do Pantanal. 

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Ministro da Educação Abraham Weintraub chega ao Centro de Eventos do Pantanal ao lado de políticos e sob forte esquema de segurança, nesta 5ª

 

À noite, Abraham Weintraub participa da Formatura alusiva aos 168 da PM no Comando-Geral da corporação. Na ocasião, será homenageado com a comenda Homens do Mato pela sua contribuição com a militarização das escolas no Estado. 

 Weintraub garantiu que os recursos para as universidades federais serão descontingenciados ainda neste mês. Entretanto, afirmou que não adianta disponibilizar verbas sem gestão adequada, e comparou a situação da UFMT com as obras da Copa de 2014.

“O recurso vai ser disponibilizado, mas uma gestão ruim pode ter bilhões e terminar mau como foi o programa de transporte aqui de Cuiabá [VLT], que acabou em desastre. A construção da Arena Pantanal também um desperdício de dinheiro público. Então, gestor ruim, pode dar o dinheiro que for, que será um desastre”, completou.

O ministro da Educação ainda declarou que Myriam não tem credibilidade com a equipe do MEC. Disse ainda que a reitora administra o terceiro maior orçamento de Mato Grosso na base do “trelelê”.   

Se agora está enfrentando dificuldades, é fruto da gestão que ela mesmo desenvolveu nesses três anos de tralelê

Abraham Weintraub

“A universidade tem autonomia muito grande, mas  a gente pede prestação de contas para liberar recursos. A reitora não tem muita credibilidade com a nossa equipe. Se agora está enfrentando dificuldades, é fruto da gestão que ela mesmo desenvolveu nesses três anos de tralelê. A UFMT é o terceiro maior orçamento de Mato Grosso, o primeiro é o Estado e o segundo Cuiabá. Essa senhora administra um dinheiro que não é pouco. Tem nas mãos um orçamento milionário”, concluiu.

Medidas

Além das medidas de contenção de recursos anunciadas pela Reitoria, o horário de funcionamento da administração da UFMT passará a funcionar das 7h30 às 11h30 e 12h30 às 16h30. As unidades acadêmicas, onde são dadas as aulas de graduação, pós-graduação e de cursos extensos, irão permanecer em seu horário normal – 7h às 23h30 de segunda a sexta, e das 7h às 11h aos sábados.

Descontrole financeiro

Em maio deste ano, a UFMT chegou a ter R$ 34 milhões para custeio congelados – o que inclui, além de contas básicas, o pagamento das empresas. Já, em julho, os cinco campi da instituição tiveram a luz cortada por falta de pagamento das faturas.

Além disso, nos últimos meses, terceirizados da vigilância e limpeza chegaram a paralisar as atividades e fechar as guaritas por falta de pagamento de salários. As empresas contratadas alegaram que não receberam os valores celebrados em convênio da UFMT.

Protesto

Abraham Weintraub foi recebido com protestos por um grupo de trabalhadores e estudantes da UFMT e do IFMT. Com faixas, bandeiras e palavras de ordem contra os cortes de recursos, o Future-se e a militarização, os manifestantes percorreram o aeroporto chamando o ministro, e informando à população os motivos do ato.

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