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Roubo estilo Novo Cangaço não acontecia há 7 anos; bandidos levaram milhões

Postado em 07/06/2021 por

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Após três dias do roubo na modalidade “Novo Cangaço” em Mato Grosso ainda não se sabe qual o montante levado das agências bancárias Sicredi e Sicoob pela quadrilha de 12 homens. Conforme os boletins de ocorrências, registrados no final da tarde sexta (4), os gerentes de ambas as cooperativas informaram que só saberão o valor do montante após um levantamento minucioso. Contudo, o prejuízo é avaliado em milhões.

No Sicred, além dos milhões levados, os bandidos também levaran um colete balístico, um revolver calibre 38 e 12 munições intactas do segurança da agência. Já no Sicoob, como o cofre central precisava de 15 minutos para ser aberto, um dos bandidos cronometrou no celular o tempo, para que não fosse enganado. O  apurou que mais policiais civis do Grupo de Operações Especiais (GOE) estão sendo enviados na manhã de hoje (7) para a região para tentar localizar os bandidos. Até o momento, se sabe que os bandidos fugiram sentido Distrito de Japuranã. 

Sicredi

Segundo funcionários do local, em relatos no boletim de ocorrência, os bandidos chegaram de forma muito violênta mediante ameaça grave. Eles anunciaram o roubo efetuando disparos de arma de fogo de grosso calibre dentro da agência. Um dos bandidos abordou o gerente de agronegócios da agência e o obrigou a levá-lo até o gerênte geral da empresa.

Dois criminosos acompanharam a abertura do cofre central e dos caixas eletrônicos. O guarda desta cooperativa foi feito refém junto com outras pessoas que estavam dentro e fora da agência, formando um escudo humano. O vigia foi arrastado até o Sicoob, onde simultaneamente estava ocorrendo o segundo roubo. A distância entre as duas cooperativas é de apenas 200 metros. 

Sicoob

O gerente local informou que os bandidos chegaram ao local por volta das 10h28. Eram, no total, seis pessoas, sendo que três ficaram do lado de fora. Seguindo o mesmo esquema de graves ameaças e extrema violência, eles estavam em três Hilux e atiraram nas portas de vidro das agências. O local tem apenas segurança eletrônica. Eles anunciaram o roubo e gritaram pelo gerente que se apresentou. Ele foi levado até o cofre central. Como o local possui uma uma trava de segurança, o gerente relatou que preciva de 15 minutos para abrí-lo. Por isso, foi obrigado a cronometrar os minutos. Enquanto isso, foi formado um escudo humano em frente ao banco. Simultaneamente foram realizados vários disparos de armas de fogo no local e pela cidade.

Após a conclusão da ação criminosa nesta agência, o gerente foi levado pelos bandidos como refém até uma ponte e viu eles atearem fogo em uma das caminhonetes Hilux preta. Em seguida, começaram a liberar os reféns pelo caminho. Neste grupo, um dos reféns foi alvejado, contudo, como consta no BO, não corre risco de vida. 

Desde abril de 2014 o Estado não registrava roubos no estilo Novo Gangaço. Os crimes estavam caminhando para extinção no Estado e o motivo é a forte atuação das forças de Segurança Pública na prisão de membros e lideranças dos grupos de assaltantes que se autodenominam “cangaceiros”.

O último registro de Novo Cangaço foi o roubo a agência do Banco do Brasil em Nova Maringá (a 400 km de Cuiabá), em 23 de abril de 2014, de onde levaram cerca de R$ 500 mil. O crime foi totalmente esclarecido com 10 bandidos identificados e presos em operação do GCCO.

Caso

Os criminosos atacaram duas agências bancárias na manhã desta sexta (4) em Nova Bandeirantes, cidade no extremo norte de Mato Grosso, (a 997 km da Capital) próxima à divisa com os estados do Amazonas e do Pará. Equipes da Polícia Militar da região e de outras cidades atuam para prender a quadrilha.

De acordo com a Polícia Militar, mais de 30 pessoas foram feitas reféns por 10 homens armados e que estavam usando roupas camufladas. Alguns moradores foram colocados nas carrocerias das caminhonetes usadas pela quadrilha.

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