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Postado em 22/03/2021 por Redação Rádio Princesa FM
O Sindimed-MT, que representa os médicos do Estado, emitiu uma nota em que “exige” um posicionamento mais restritivo para evitar a disseminação do coronavírus. Para o sindicato, é necessário que se faça um lockdown de maneira imediata. “Adiar ainda mais essa decisão pode trazer ainda mais desgraças às famílias mato-grossenses”, afirma.
Já não há vagas nos hospitais mato-grossenses para Covid e colapso atinge a rede básica
O posicionamento vem depois de um final de semana no qual os números de casos e de mortes pela Covid-19, a doença causa pelo coronavírus, continuam em alta, no maior pico desde o início da pandemia, em março de 2020. Os hospitais beiram 100% de lotação nas enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A Prefeitura de Cuiabá suspendeu novas internações nas policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) também por lotação.
De acordo com o Sindimed-MT, o lockdown deveria ter sido feito dias trás para evitar a situação atual. A medida estaria atrasada, na opinião dos médicos.
“As pessoas que hoje necessitam de uma vaga em enfermaria ou em uma unidade de terapia intensiva se contaminaram há cerca de 10 a 25 dias atrás. Hoje, o sistema de saúde no Estado de Mato Grosso está colapsado. Conclui-se que essa medida de quarentena ou lockdown já vem com atraso considerável. Adiar ainda mais essa decisão pode trazer ainda mais desgraças às famílias mato-grossenses”, diz a nota.
Os médicos orientam que as medidas mais restritivas têm como objetivo interferir na cadeia de transmissão do vírus para aliviar os serviços de saúde, dando tempo para que o Poder Público possa reestruturar a rede de atendimento e assistência à população.
“Vale ressaltar que essa reestruturação já deveria ter sido planejada com antecedência, considerando mais de um ano de pandemia e seis meses da primeira curva. Nesse primeiro momento os gestores deveriam ter treinado profissionais de saúde, expandindo o número de leitos de UTIs, construído um hospital de campanha e mais locais de atendimento de forma descentralizada. Mas não se organizaram, não planejaram”, critica.
A projeção do sindicato é de que se o lockdown e medidas mais restritivas para contar a propagação do vírus não forem tomadas, “as pessoas vão morrer sem assistência médica e isso é uma situação extrema que pode inclusive sobrecarregar o sistema funerário”.
Veja a nota completa:
SINDIMED-MT: LOCKDOWN IMEDIATAMENTE
O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso- Sindimed-MT vem a público exigir um posicionamento dos governantes de caráter mais restritivo e imediato, como medida para diminuir a infectividade pelo coronavírus.
As pessoas que hoje necessitam de uma vaga em enfermaria ou em uma unidade de terapia intensiva se contaminaram há cerca de 10 a 25 dias atrás. Hoje, o sistema de saúde no Estado de Mato Grosso está colapsado. Conclui-se que essa medida de quarentena ou lockdown já vem com atraso considerável. Adiar ainda mais essa decisão pode trazer ainda mais desgraças às famílias mato-grossenses.
A utilização de medidas mais restritivas tem o objetivo de interferir na cadeia de transmissão do vírus para aliviar os serviços de saúde, dando tempo de reestruturá-los e manter a assistência adequada à população. Vale ressaltar que essa reestruturação já deveria ter sido planejada com antecedência, considerando mais de um ano de pandemia e seis meses da primeira curva. Nesse primeiro momento os gestores deveriam ter treinado profissionais de saúde, expandindo o número de leitos de UTIs, construído um hospital de campanha e mais locais de atendimento de forma descentralizada. Mas não se organizaram, não planejaram.
O Sindicato alerta que se não forem tomadas essas medidas para conter a propagação do vírus, as pessoas vão morrer sem assistência médica e isso é uma situação extrema que pode inclusive sobrecarregar o sistema funerário.