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Malária cresceu 64% em Mato Grosso e dois municípios tiveram alto risco de surto

Postado em 08/12/2020 por

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Os casos de malária cresceram 64,5% em Mato Grosso no primeiro semestre deste ano e dois municípios tiveram alto risco de surto. Os dados estão no boletim epidemiológico divulgado esta semana pelo Ministério da Saúde. 

O levantamento identificou 947 novos casos da doença entre janeiro e junho, enquanto, no mesmo período de 2018, os pacientes recentes ficaram em 575. Dentro da região Amazônica – área com maior probabilidade de transmissão – Mato Grosso teve o maior crescimento, apesar de ser o segundo Estado com menos casos. 

Os pacientes com os tipos falciparum ou mista da malária foram os que mais aumentaram nos últimos dois anos. Os casos passaram de 25 para 338 entre 2018 e 2019 (1.252%) e de 126 para 163 neste ano (29,4%). Os números são referentes a transmissão autóctone. 

Colniza, na divisa com o Estado do Amazonas, é município com mais casos em Mato Grosso, com um acumulado de 1.442 pacientes. Ele e Aripuanã, também na divisa, entraram no radar do Ministério da Saúde no primeiro semestre por alto risco de surto. 

Conforme o Ministério da Saúde, além de casos internos, Colniza também teria contribuído para aumento da doença no município de Machadinho D’Oeste, em Rondônia. O boletim da malária informa que 176 casos registrados nesse município, 64 ocorreram em Colniza. 

Melhora nacional 

O quadro nacional da malária caminhou no sentido contrário ao de Mato Grosso. O boletim do Ministério da Saúde aponta que o número de casos caiu 19,1% em 2019, em relação ao ano anterior. Enquanto no ano passado foram registrados 157.454 pessoas com a doença, em 2018 o total ficou em 194.572.  

Os dados preliminares de 2020 mostram queda de 16,2% entre os primeiros semestres deste ano e de 2019. De janeiro e junho de 2020 foram 60.713 casos, enquanto no mesmo período no ano anterior foram notificados 72.424 pacientes com a doença. 

Na curva histórica, o Brasil vem experimentando uma redução dos casos desde 2005, quando o total anual passou dos 600 mil. 

As mortes em decorrência da malária também tiveram um movimento de redução, de 55 para 37 entre 2019 e 2018. Contudo, o total é maior do que o registrado em 2017, quando 34 pessoas perderam a vida para a doença. As internações também caíram em 2019, sendo 12,2% menores do que as registradas em 2018. 

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