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Mulher executa marido com tiro e enterra corpo no quintal no interior de MT

Postado em 04/03/2021 por

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Uma mulher, identificada pelas iniciais M.R.R.G, de 36 anos, foi presa em flagrante, após confessar que matou o marido Francisco da Silva, de 48 anos, enquanto ele estava dormindo, na madrugada de 19 de fevereiro, no assentamento Jaguaribe, em União do Sul (a 719 km de Cuiabá). Para a Polícia Civil, ela disse que era vítima de violência doméstica. Uma adolescente de 17 anos e um rapaz de 20 anos também foram autuados por participação no crime.

Segundo o delegado Pablo Carneiro, a mulher se apresentou na delegacia, acompanhada do advogado e, primeiramente, disse que na data do crime, uma sexta, estava em discussão com o marido por conta de ciúmes e que ele teria forçando-a a manter relação sexual. Depois disso, ele a deixou de lado de fora de casa e trancou as portas. Ela ficou na casa da vizinha, que a abrigou.

Quando retornou na casa no dia seguinte, a suspeita contou que ela e o marido passaram a discutir de novo e que ele homem pegou uma arma e disse que iria matá-la. Os dois entraram em luta corporal e, em dado momento, ela conseguiu empurrá-lo. Ela pegou uma arma de pressão, que foi modificada para disparar munição calibre 22, e deu um disparo que acertou a cabeça da vítima, segundo a primeira versão apresentada por ela.

Após ela dar esse depoimento, os investigadores e peritos da Politec foram até o local onde a suspeita indicou que teria enterrado o corpo. A cova tinha dois metros de profundidade por dois de largura. Contudo, o delegado e os investigadores começaram a desconfiar da história apresentada pela suspeita. “Conseguimos identificar que estava com algumas pontas soltas”, disse.

Colocada contra a parede, ela resolveu mudar a versão. “Contou que teria tirado a vida do seu companheiro nessa mesma sexta, dia 19, enquanto o suspeito estava dormindo. Ela confirma que deu um tiro na cabeça do suspeito por volta das 3h da manhã. Depois arrumou alguém para cavar esse buraco no fundo da casa”, disse o delegado.

Para essa pessoa, ela alegou que iria instalar um tanque para peixe. Combinou com a filha da vizinha, uma adolescente de 17 anos, e outro rapaz de 20 anos, para levar o corpo do marido até o buraco e tampá-lo. Na segunda, ela percebeu que a cama ainda estava bastante suja de sangue e resolveu botar fogo na cama para apagar o vestígio do crime.

“Apesar de não poder autuar em flagrante pelo crime de homicídio, eu fiz pela ocultação de cadáver que é um crime permanente e também pelo crime de corrupção de menor por que ela praticou esse delito na companhia de um menor de idade”, disse.

Além de fazer com que o rapaz carregasse o corpo, ela deu a arma na qual efetuou o disparo para o rapaz e um telefone celular. Apesar das declarações bem contraditórias, o delegado aponta que desde o início ela sustenta que têm sido vítima de agressões há meses. Mas, informações preliminares, baseadas nas versões apresentadas pelo vizinho, apontam que o marido tratava a mulher bem. “A vizinha, que a abrigou, relatou que essa queixa de violência foi dentro de um mês”, disse.

Como não cabia mais prisão em flagrante pelo homicídio, a suspeita foi presa por ocultação de cadáver, que é um tipo de crime permanente, pois a intenção de esconder o corpo se estende ao longo do tempo. Ela também foi autuada por homicídio qualificado e corrupção de menor. O rapaz foi preso pelo crime ocultação de cadáver, posse irregular de arma e corrupção de menor. A adolescente responde a um termo circunstanciado por crime análogo à ocultação de cadáver.

O delegado conta que está finalizando o inquérito e vai encaminhá-lo para a Justiça. Ele também vai pedir a prisão preventiva da suspeita pelo crime de homicídio qualificado.

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